quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O QUE TE MOVE?

Certa vez eu ouvi em uma propaganda, em uma campanha, enfim em algum lugar naquela fantástica caixa de imagens que chamam TV a seguinte pergunta: “o que te move?” nunca pensei em responder isso até porque não sou uma das mais fervorosas quando o assunto é concurso, prêmio ou qualquer outro jogo de azar e azar.


Bem mas vamos lá, o que me move são lágrimas, mas não pense que são minhas, não... são suas, só suas as minhas lágrimas; por não crer que um ser possa ir tão baixo.

Posso não ser fervorosa nos jogos, mas ainda creio na humanidade. Nessa humanidade mesquinha que só pensa em si e no próximo benefício que pode sugar do seu próximo, será que é esse o “amor ao próximo” que os fascina, que os motiva, que os move?

São suas as minhas lágrimas, por mesquinhez e por baixeza de uma falta de humanidade tamanha que Darwin certamente encontraria a prova mais fatídica de que o homem realmente descende de um primata.

Eu que nunca tive pretensões de cientista ou de socióloga trato a questão como uma dessas descendentes primatas em uma esfera menos elevada, sim porque é preciso ser muito próxima a índole deles para ter solidariedade e o senso de gratidão e de convivência harmônica e não se corromper com a sordidez de seres tão intelectualmente desenvolvidos e socialmente experientes, mas que mesmo com uma capacidade de distinção, pensamento, raciocínio lógico e inteligência humana ainda age instintivamente como um macaco.

Que se corroam os macacos e se recusem a nos preceder, visto que desde os mais antigos esse instinto era ativado só (e somente só quando se sentiam ameaçados ou a título de sobrevivência, o nosso famoso correr ou morrer)... Salvem as criancinhas que ainda não falam, salvem urgentemente essas pobres macacinhas, jovens primatas que ao balbuciarem as primeiras frases após fatídica convivência com os humanos não mais dirão papai ou mamãe, mas em vez disso pronunciarão: “Quem me der o primeiro presente caro, ganhará meu coração!”.

Oh capitalismo canibal, que falta sinto dos primatas homo que ao se tornarem homem, na evolução das letras se acresceu apenas um “em” e se perdeu totalmente o coração, o que deveria nos guiar, nos impulsionar, nos mover, por isso o que me move ainda são lágrimas.

Em: 12/8/2010 às 10:01

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