sexta-feira, 19 de novembro de 2010

De volta aos corredores da Estadual



"Mary Jane e seus cabelos em brasa, um fogo que mesmo apagado reluz vivo, enchendo meu peito de luz. Você, um fogo líquido que aquece o meu peito e queima a garganta, trazendo consigo os sonhos mais doces que alguém é capaz de sonhar. Você, Mary Jane, que permanece comigo na linha do trem, essa linha da vida, e escuta comigo as palavras cantadas que só o silêncio é capaz de sorver. Você, que sempre me fez querer ser melhor do que eu sou, que me fez enxugar suas lágrimas com flanela em xadrez; essas lágrimas que me paralisam, que me enchem de medo, me deixam trêmulo e deixam secos os meus lábios – água e sal que quando escorrem, escorrem em profusão –, você chora e o mundo se despedaça em água oceânica; eu, um barquinho rebelde lutando em vão contra o choque furioso de ondas. Você, Mary Jane, que habita os meus sonhos e fecha os meus olhos, e traz (com suas asas) paz aos meus dias de trevas. Você, que amo tanto. Com meu estranho jeito de amar..."
 http://desventurasprosaicas.blogspot.com/2009/10/butterfly.html

Tudo isso me lembrou um passado tão longe, tão Spider!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Calem a Boca, Nordestinos


A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.
Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra… outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.
Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!”.
Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos “amigos” Houaiss e Aurélio) do nosso país.
E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!
Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!
Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?
Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?
Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?
Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial  Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos… pasmem… PAULISTAS!!!
E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.
Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.
Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura…
Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner…
E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia…
Ah! Nordestinos…
Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?
Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.
Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!
Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!
Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário… coisa da melhor qualidade!
Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso… mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!
Minha mensagem então é essa: – Calem a boca, nordestinos!
Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.
Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.
Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”
Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!

Eu não tenho raiva dos "Centrais" brasileiro, tenho pena. Enquanto eles ficam se matando e arrancando os cabelos, nós felizes mortais vamos a praia relaxar......... REPASSEM.


Autoria atribuída a José Barbosa Junior

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Dez minutos




"Leio o seu nome nas águas do amor
que correm a deslizar..."
 Por que você não atende as minhas ligações?
Sei que você tem lá suas razões
Olho milhões de vezes sua foto
Me pergunto em que ponto perdemos o foco

Por quê você não atende se vê que sou eu?
Será que é o teu jeito de dizer adeus?
Rodo mil histórias na minha cabeça
Daqui há 10 minutos talvez enlouqueça
Enlouqueça...

Fora, seu silêncio me devora
Algo diz pra eu ir embora
Não entendo os seus sinais
Mas fica com você
A desculpa pra inventar
Quando resolver ligar
Posso não te querer mais

Olho pra pessoa em que você me transformou
E depois não quis mais, abandonou
Vejo que a vida me prestou esse favor
Me fez sempre pronta pra viver um novo amor
Um novo amor...

Fora, seu silêncio me devora
Algo diz pra eu ir embora
Não entendo seus sinais
Mas fica com você
A desculpa pra inventar
Quando resolver ligar
Posso não te querer mais.

(Ana Carolina, 10 Minutos, Nove, 2009)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ética Profissional



Ética, do grego ethos, significa costume e deve ser compreendida como “um conjunto de princípios básicos que visa disciplinar e regular os costumes, a moral e a conduta das pessoas”. (Hernandes, 1999). Normalmente utilizada para conceituar os deveres e os direitos dos diversos profissionais no desempenho de suas atividades e em seu relacionamento interpessoal, seja no âmbito profissional ou no âmbito pessoal, esta serve para estabelecer regras de conduta ao indivíduo. E quando isso ocorre na relação indivíduo-empresa a este conjunto de normas dá-se o nome de Código de Ética Profissional.
O Código de Ética existente em praticamente todas as profissões é resultado dos usos e costumes que prevalecem na sociedade, chamadas de normas sociais, eles oferecem orientações é conhecido como conjunto de princípios que regem a conduta funcional de uma profissão, princípios que devem nortear o comportamento das pessoas na sociedade.
Geralmente todos os Códigos de Ética Profissional, e o de Secretariado não seria diferente, trazem em seu texto os seguintes princípios: honestidade no trabalho, lealdade para com a empresa, empatia, solidariedade, compromisso com o fortalecimento da classe/categoria, observação das normas administrativas da empresa, tratamento cortês e respeitoso a superiores, colegas e subordinados hierárquicos, e o tão aclamado sigilo profissional que cerca miticamente todas as profissões.
A ética empresarial, tão almejada por todas as empresas e pelos profissionais aplicados e éticos deveria ajudar na resolução de conflitos. Mas vemos instituições carregadas de profissionais sigilosos e que prezam pela honestidade e fortalecimento próprio.
O fato é que com a inversão de valores éticos o ser humano vem perdendo ao longo dos anos a capacidade de discernimento ético na própria vida e nas relações humanas, uma vez que como já dito esta está diretamente ligada com aqueles, frente a isso, cobrar responsabilidade e atitude ética com o próximo em um ambiente competitivo e inerente a sobrevivência torna-se uma tarefa árdua e por vezes esquecida.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

É certo que tempos difíceis. Existem para aperfeiçoar o aprendiz....

É certo que tempos difíceis. Existem para aperfeiçoar o aprendiz. (Elisa Lucinda)

Meu lindo jardim florido e fértil
tornou-se um pântano hostil e alagado
O outrora deu origem as grandes e frondosas árvores de oliveira

até ontem tudo estava guardado
escondido de onde não há
inabitável, inabalável, incapaz
intimamente ligado a um “in”
ilusório e ilógico do meu não
seu efêmero gosto de giz
de arcaico, de antigo, diz-me já

esse estranho e ruidoso querer
de instante sem nexo
de frases a meia-luz
sem querer, sem poder, sem rimar
sentido que arruína
sentir que predomina

irreal, indecente, ilegível
coração surdo a palpitar, a esperar
em temer que Deus dá a quem promete
que sem cumpre aos seus o que é.


domingo, 5 de setembro de 2010

FESERP


MARIA é BONITA


Lampião, rei do cangaço
Em momentos de inspiração
Olhava sua prenda ao longe
Que bonita essa Maria, exclamava Lampião.


Quando no suor da luta
Em tempos de aflição
Nos olhos da sua amada
Achava alento ao coração.


Em trilhas desconhecidas
Com inimigos da vizinhança
Hoje o Lampião guerreiro, ontem apenas criança
Ora ao pai que possa ver novamente aquelas tranças
Em uma Quinta dos Lázaros ou num Domingo estrelado
Dançando feito criança
A sua bonita Maria, consolo a um condenado

Que bonita essa Maria exclamava Lampião
Rendido aos seus encantos
De Mulher guerreira, mulher macho
Lampião entregue aos seus abraços
Totalmente derrotado, morto fisicamente
Mas eternamente ao seu lado.

– Como é bonita essa Maria!
Igual a tantas Marias, Igual a tantas Sofias, Igual a tantas iguais
Lampião Rei do Cangaço
Protagonista do sertão
Rendido a mulher rendeira
Sertaneja do seu coração.


19.11.2008
14:33h

Meu Melhor amigo da Onça

Recorda: O Tempo é sempre um jogador atento
Que ganha, sem furtar, cada jogada! Ë a lei.
O dia vai, a noite vem; recordar-te-ei!
Esgota-se a clepsidra; o abismo está sedento.

Virá a hora em que o Acaso, onde quer que te aguarde,
Em que a augusta Virtude, esposa ainda intocada,
E até mesmo o Remorso(oh, a última pousada!)
Te dirão: Vais morrer, velho medroso! É tarde!”
(Baudelaire)



Eu acho engraçado o modo como as pessoas se sentem eternas. Pessoas essas nas quais eu também me incluo... a gente sempre diz amanhã eu faço, amanhã eu conto, amanhã eu confesso, amanhã eu conserto, amanhã eu amo...
Pobres mortais, a espera de um milagre chamado tempo, um amigo traíra que um belo dia no meio de um pomar florido, pacífico e calmo nos deixa, nos abandona, vira as costas e sai. Rompe todos os laços de anos construídos, de confianças e de esperanças depositadas nele...
Tento todo o tempo driblar o implacável e imensurável segundo que o precede, que o aproxima, que o afasta... que segue.
Segregado de um contexto sem nexo e sem tempo.
As pessoas parecem não entender que não existe esse tempo, e o maior barato é quando elas por egoísmo, mesquinhez ou pra ter uma segunda escolha dizem: “deixa o tempo resolver as coisas...” (kkkkkkk) covardia de quem não se decide e não sabe o que quer ao certo, apela pra o tempo, adolescentes fúteis e cheios de quereres.
Maldito tempo que não dura a fração de um segundo quando estamos felizes, mas que se arrasta por horas infinitas quando é mágoa, passado, crime, castigo ou dor... sádico e abominável, meu melhor amigo da onça.

 4/9/2010 - Às 21:25

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Prêmio de Consolação

Quem disse que a distância existe
é porque não olhou nos teus olhos
como eu olhei.
E se um dia distraídos
Nossos olhares se cruzassem
E você enfim notasse
Como seria viver sem mim?


Será que você pensaria
Duas, três ou quatro
O que seria a vida
S não me tivesse aos lado.


Ao lado só é fácil estar
É cômodo, agradável, engraçado
Mesmo se a dúvida pairar
Você sabe que é amado


E se eu do nada perceber
Que sou muito pra você
Você me deixa ir,sair?
Você se deixa ficar?



Em: 15/04/2009 Às 00:46h
 

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O QUE TE MOVE?

Certa vez eu ouvi em uma propaganda, em uma campanha, enfim em algum lugar naquela fantástica caixa de imagens que chamam TV a seguinte pergunta: “o que te move?” nunca pensei em responder isso até porque não sou uma das mais fervorosas quando o assunto é concurso, prêmio ou qualquer outro jogo de azar e azar.


Bem mas vamos lá, o que me move são lágrimas, mas não pense que são minhas, não... são suas, só suas as minhas lágrimas; por não crer que um ser possa ir tão baixo.

Posso não ser fervorosa nos jogos, mas ainda creio na humanidade. Nessa humanidade mesquinha que só pensa em si e no próximo benefício que pode sugar do seu próximo, será que é esse o “amor ao próximo” que os fascina, que os motiva, que os move?

São suas as minhas lágrimas, por mesquinhez e por baixeza de uma falta de humanidade tamanha que Darwin certamente encontraria a prova mais fatídica de que o homem realmente descende de um primata.

Eu que nunca tive pretensões de cientista ou de socióloga trato a questão como uma dessas descendentes primatas em uma esfera menos elevada, sim porque é preciso ser muito próxima a índole deles para ter solidariedade e o senso de gratidão e de convivência harmônica e não se corromper com a sordidez de seres tão intelectualmente desenvolvidos e socialmente experientes, mas que mesmo com uma capacidade de distinção, pensamento, raciocínio lógico e inteligência humana ainda age instintivamente como um macaco.

Que se corroam os macacos e se recusem a nos preceder, visto que desde os mais antigos esse instinto era ativado só (e somente só quando se sentiam ameaçados ou a título de sobrevivência, o nosso famoso correr ou morrer)... Salvem as criancinhas que ainda não falam, salvem urgentemente essas pobres macacinhas, jovens primatas que ao balbuciarem as primeiras frases após fatídica convivência com os humanos não mais dirão papai ou mamãe, mas em vez disso pronunciarão: “Quem me der o primeiro presente caro, ganhará meu coração!”.

Oh capitalismo canibal, que falta sinto dos primatas homo que ao se tornarem homem, na evolução das letras se acresceu apenas um “em” e se perdeu totalmente o coração, o que deveria nos guiar, nos impulsionar, nos mover, por isso o que me move ainda são lágrimas.

Em: 12/8/2010 às 10:01

Infelizmente, eu vi

Um inóspito rude e sem educação, mero desfragmentador de uma sociedade omissa e sem noção de o que é justiça.



Um ser que singular e totalmente autoritário, referencia qualquer noção de ministério não exercível.



Um idealista macabro que joga o jogo nocivo do autoritarismo que oscila entre bandido e mocinho.



É Sr. Antonio Bastos Fernandes Lisboa, as paredes de sua tumba amareladas pelos arremessos de homens atléticos e de moleques fujões recapturados pelos braços, aos botes, as carreiras em uma linda e emocionante noção de cidadania e democracia, que orgulhava a qualquer cidadão que ali estava.



Infelizmente, eu vi, homens públicos, mulheres pedagogas que pregam a não violência e a geração dos traumas, jovens cidadãos jacarauenses, frente a rosa alva e estampada, rubrarem e alguns poucos forasteiros, orgulhosos de não pertencer a essa sociedade, onde um vilão-mocinho, brincando de bandido-herói exigia a cada 5 segundos... ATENÇÃO!!!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Medo de Escrever


“Tenho medo de escrever.
É tão perigoso.
Quem tentou, sabe.
Perigo de mexer no que está oculto – e o mundo não está à tona,está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar.
Para escrever tenho que me colocar no vazio.
Nesse vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue.
Sou um escritor que tem medo da cilada das palavras: as palavra que digo escondem outras – quais? Talvez as diga.
Escrever é uma pedra lançada no poço fundo.”
(Clarice Lispector)