Eu acho engraçado o modo como as pessoas se sentem eternas. Pessoas essas nas quais eu também me incluo... a gente sempre diz amanhã eu faço, amanhã eu conto, amanhã eu confesso, amanhã eu conserto, amanhã eu amo...
Pobres mortais, a espera de um milagre chamado tempo, um amigo traíra que um belo dia no meio de um pomar florido, pacífico e calmo nos deixa, nos abandona, vira as costas e sai. Rompe todos os laços de anos construídos, de confianças e de esperanças depositadas nele...
Tento todo o tempo driblar o implacável e imensurável segundo que o precede, que o aproxima, que o afasta... que segue.
Segregado de um contexto sem nexo e sem tempo.
As pessoas parecem não entender que não existe esse tempo, e o maior barato é quando elas por egoísmo, mesquinhez ou pra ter uma segunda escolha dizem: “deixa o tempo resolver as coisas...” (kkkkkkk) covardia de quem não se decide e não sabe o que quer ao certo, apela pra o tempo, adolescentes fúteis e cheios de quereres.
Maldito tempo que não dura a fração de um segundo quando estamos felizes, mas que se arrasta por horas infinitas quando é mágoa, passado, crime, castigo ou dor... sádico e abominável, meu melhor amigo da onça.
4/9/2010 - Às 21:25
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